domingo, 13 de outubro de 2024

Relevo e Placas Tectônicas:

 O Relevo Brasileiro nas Macroestruturas Antigas

No território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas são antigas, mas as formas do relevo são recentes. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que sempre ocorrem e continuam ocorrendo, e com isso estão permanentemente sendo reafeiçoadas. Desse modo, as formas grandes e pequenas do relevo brasileiro têm como mecanismo genético, de um lado, as formações litológicas e os arranjos estruturais antigos, de outro, os processos mais recentes associados à movimentação das placas tectônicas e ao desgaste erosivo de climas anteriores e atuais. Grande parte das rochas e estruturas que sustentam as formas do relevo brasileiro são anteriores à atual configuração do continente sul-americano, que passou a ter o seu formato depois da orogênese andina e da abertura do oceano Atlântico, a partir do Mesozóico. Pode-se dizer de forma simplificada que são três as grandes estruturas que definem os macrocompartimentos de relevo encontrados no Brasil: em plataformas ou crátons, cinturões orogênicos e grandes bacias sedimentares.

INDICADORES GEOMORFOLÓGICOS DE CONTROLES LITOLÓGICOS E/OU ESTRUTURAIS - BACIA DO RIO GUAPI-AÇU, CACHOEIRAS DE MACACU (RJ) 

A rede de drenagem de uma bacia hidrográfica é regulada pelo clima, pelo embasamento litológico, pela topografia, pela tectônica, e por outros fatores que lhe conferem ‘equilíbrio’, quando bem ajustados. Quando há alteração em um desses fatores os cursos hídricos são os que primeiro sinalizam ou respondem, devido ao rápido reajuste dos mesmos a modificações, que, mesmo sutis, geram variações nos valores dos parâmetros morfométricos de um sistema de drenagem (Etchebehere et al., 2004). Desta forma, o estudo da organização dos sistemas de drenagem torna-se adequado à detecção de deformações tectônicas, sendo o estudo do perfil longitudinal de um canal fluvial um importante aliado nesta investigação. O presente trabalho tem por objetivo investigar, a partir da análise das características do arranjo do sistema de drenagem, aspectos geomorfológicos que subsidiem à investigação sobre e existência de controles lito-estruturais na bacia do rio Guapi-Açu (Cachoeiras de Macacu, RJ). Para tanto, o trabalho teve como etapas metodológicas: a) realização de perfis longitudinais de canais fluviais de sub-bacias de drenagem deste sistema fluvial, a fim de identificar aspectos locais que subsidiem à detecção de influências estruturais; b) caracterização da influência de controles estruturais através do cálculo de parâmetros morfométricos que identifiquem assimetrias de bacias de drenagem, como Fator de Assimetria de Bacia de Drenagem (FABD) e Fator de Simetria Topográfica Transversa (FSTT); e c) identificação de trechos anômalos dos canais fluviais, através do emprego do parâmetro de Relação Declividade-Extensão (RDE).

PAES, T. V. & SILVA, T. M. da.. Indicadores Geomorfológicos de Controles Litológicos...

Fonte 2: Mapa de localização da área de estudo - bacia do rio Guapi-Açu

REFERÊNCIAS:

Fonte 1: ROSS, Jurandyr. O Relevo nas Macroestruturas Antigas. 2013. Disponível em: <https://revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/16/15 >. Acesso em 02/01/2013. 

Fonte 2: PAES, Thainá. INDICADORES GEOMORFOLÓGICOS DE CONTROLES LITOLÓGICOS E/OU ESTRUTURAIS - BACIA DO RIO GUAPI-AÇU, CACHOEIRAS DE MACACU (RJ). 2017. Disponível em:<https://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/18061 >. Acesso em 28/09/2017.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Resumo sobre a contribuição dos gregos em redação ao pensamento geográfico.

 Os gregos deram o pontapé inicial para o nascimento e desenvolvimento do saber geográfico, sendo os pioneiros na sistematização desse saber...